É muito importante que a formação das crianças seja trabalhada de maneira integral desde cedo, especialmente as habilidades socioemocionais, o protagonismo e a autonomia de cada uma delas.
O termo inteligência emocional nasceu na universidade de Yale e foi difundido pelo psicólogo Daniel Goleman, que a definiu como a capacidade do indivíduo em identificar e controlar suas emoções. Quem a tem sabe administrar a vida com sucesso e tem maior probabilidade de alcançar um desenvolvimento pessoal e profissional adequado.
Trabalhar a Inteligência emocional se trata de conduzir um processo educativo de natureza transversal, que deve ser ensinado em pequenas doses para que o desenvolvimento infantil ocorra em ambiente saudável e favorável. Quando a criança sabe como gerenciar a inteligência emocional, seus relacionamentos são melhores, assim como ela terá maior probabilidade de alcançar sucesso em seus projetos futuros.
O que é inteligência emocional?
Nossas emoções são fatores condicionantes do nosso comportamento e podem influenciar nossa vida em muitos sentidos. Sua manifestação é capaz de nos transformar em pessoas socialmente integradas ou excluídas, tudo depende da maneira como lidamos com elas.
Como acontece em qualquer tipo de aprendizagem, as emoções determinarão nosso modo de lidar com a vida. Emoção, pensamento e ação são três elementos muito relacionados, presentes em todas as nossas atitudes diárias. A compreensão e o controle das emoções são essenciais para a nossa conexão com a sociedade e, se isso falhar, podemos nos tornar seres desajustados, frustrados e deprimidos.
Embora para adultos seja realmente difícil controlar as emoções em certos momentos, nas crianças esse domínio é ainda mais complexo. Isso porque elas não têm experiências anteriores semelhantes em que se basear, nem táticas de enfrentamento.
Às vezes, nos deparamos com crianças cuja inteligência emocional é quase inexistente. Elas sempre se mostram irritáveis e não respondem bem quando algo lhes é negado, porque elas estão acostumadas a um regime de permissividade, onde os pais acham mais fácil ceder, que lidar com a reação à negativa.
Como a inteligência emocional influencia no desenvolvimento escolar?
Ensinar Inteligência Emocional para crianças é ajudá-las a entender e administrar as emoções, que nos acompanham durante toda a vida. A infância é um estágio crucial para aprender a administrá-las e controlá-las.
Como já vimos, é na infância que a aprendizagem é melhor adquirida. Por isso o gerenciamento das emoções é uma prática essencial e que, podemos dizer, é a base para todas as outras, já que tudo o que fazemos e aprendemos, mexe com nossas emoções.
As competências emocionais das crianças pequenas são necessárias para elas conheçam suas próprias emoções e as dos outros, para que possam regular suas emoções e expressá-las com assertividade. Tudo isso contribui para uma boa adaptação social e acadêmica.
Ensinar a inteligência emocional desde cedo trará muitos benefícios para a criança, proporcionará um desenvolvimento saudável, e fará com que ela assimile valores que serão fundamentais na vida adulta. Veja os pilares interessantes da inteligência emocional:
- Autoconsciência: capacidade de reconhecer e compreender os humores pessoais, emoções e impulsos interiores, bem como o seu efeito sobre os outros.
- Autocontrole: a habilidade de controlar ou redirecionar impulsos e humores disruptivos, e a tendência de suspender o julgamento e refletir antes de agir.
- Motivação interna: um motor interno que vai além do dinheiro e do status, sendo que ambos são recompensas externas: uma visão do que é importante na vida, o prazer de realizar uma tarefa, a curiosidade de aprender, um “fluxo” que vem da imersão em uma atividade.
- Empatia: A capacidade de entender a estrutura emocional dos outros. Capacidade de tratar pessoas com base em suas respostas emocionais. A empatia diz respeito ao interesse e envolvimento nas emoções dos outros, à capacidade de sentir o que sentem.
- O domínio das relações humanas: capacidade de gerenciar relacionamentos. Os indicadores de habilidades sociais incluem a eficácia na condução de mudanças, persuasão, criação de expertise e liderança de equipes.
Como auxiliar no controle emocional das crianças?
As crianças precisam aprender a dominar sua agressividade e suas reações ruins. Nós devemos trabalhar isso com elas, sobretudo diante desses comportamentos “emocionalmente impróprios”. Punir pode não ser a melhor opção nesses casos.
Devemos fazê-los pensar sobre o fato ocorrido de uma forma objetiva e construtiva, fazendo com que eles compreendam o valor de suas atitudes e o impacto que elas têm sobre os outros. Mostrá-los qual seria uma boa atitude alternativa e positiva levará a uma melhora na maneira de pensar e agir. Isso ajudará a melhorar gradativamente o controle das emoções.
Assim, ter a capacidade de gerenciar emoções fornece às crianças uma série de ferramentas que elas aprendem através do brincar para identificar, expressar e controlar o que sentem. O que, por sua vez, lhes fornece ferramentas para lidar com situações cotidianas, favorecendo também o enriquecimento e o desenvolvimento da cognição e da afetividade.
Quer conhecer mais sobre Inteligência emocional, habilidades socioemocionais e como elas impactam na vida dos seus filhos? Veja este vídeo com Amyr Klink.
